segunda-feira, 18 de julho de 2011

Designers: respeitem a história de seus clientes.

Me formei em design de interiores e não tive nenhuma disciplina que abordasse, mesmo que de forma superficial, o assunto que quero comentar hoje. Quando um designer de interiores vai realizar um projeto de uma residência, logo se imagina um projeto idealizado: mobiliário moderno, revestimentos contemporâneos, acessórios de última geração e etc. Não é errado pensar desta forma, mas tem um outro lado que também deve ser levado em consideração.

Um designer tem que entender antes de tudo que o projeto realizado por ele interfirará no modo e qualidade de vida das pessoas que vão utilizar aquele espaço. Pessoas possuem história, memórias e lembranças. Isto deve ser extremamente respeitado na elaboração de um projeto. Tenho visto muitos projetos que ignoram a história dos moradores simplesmente para seguir uma tendência. Tendências mudam, a história não.

Um móvel passado de geração para geração tem infinitamente mais valor afetivo e emocional do que um móvel feito sob medida para o projeto. O problema é quando o móvel ou aquele acessório encontra-se em mau estado de conservação. Uma das saídas é utilizar técnicas de restauração ou até mesmo repaginação. Já pensou em pegar aquela cristaleira antiga que era da avó da cliente, restaurá-la e pintá-la de uma cor viva e alegre? Você dará uma apresentação totalmente nova para uma peça antiga. Você estará modificando mas respeitando a história do móvel e consequentemente dos seus donos.

Utilizei um móvel como exemplo, mas isto vale para acessórios, revestimentos e outros elementos. O designer de interiores deve buscar sempre realizar projetos que respeitem e compreendam a história e necessidades de seus clientes.
Fonte: www.fernandorigotti.com

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