terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Design Gráfico: Artista? Não. Ilustrador.


“Arquiteto por formação, designer gráfico por opção e ilustrador editorial por paixão”. É assim que se define Rubens Lima, um defensor da profissionalização da ilustração e de maior ousadia por partes dos clientes na hora de usar a ilustração para expressar idéias.

“Desculpem-me os puristas, mas a era do artista criativo, mas ‘avoado’ acabou. Procuro deixar de lado a visão purista e assumir a ilustração como negócio, uma visão mais profissional e comercial. É preciso acabar com a imagem, ainda enraizada no mercado, de artista inconseqüente, personalista, pouco organizado, sem planejamento e que faz toda sua ‘maravilhosa’ criação em momentos de inspiração, intuição e feeling”.

Segundo Lima, falta visão profissional da atividade, que deve partir do próprio ilustrador. Além da técnica, ele deve entender que o objetivo quando contratado não é “fazer uma ilustração bacana”, mas prestar um ótimo serviço, algo mais amplo do que fazer uma ilustração de qualidade, pertinente ao tema e entregá-la.

Ótimo serviço significa entender e atender todas as expectativas do cliente em relação ao trabalho e à sua atuação profissional demonstrando envolvimento efetivo com o projeto. “Muito mais gratificante que desenvolver a ilustração para o cliente é desenvolvê-la junto com o cliente, seja ele um autor de livros, um jornalista ou um designer”.

Além desses requisitos de profissionalismo, o ilustrador diz que é preciso saber agregar outros atributos à criatividade e às técnicas de trabalho que por si só já não fazem a diferença. É preciso levar em conta boa cultura geral para facilitar o entendimento e a posterior tradução de qualquer assunto em linguagem visual adequada, boa comunicação oral e escrita, maturidade (independente da idade) e visão do mercado para se definir e posicionar como profissional.

Lima atua principalmente no segmento editorial e procura não se prender a estilo ou linguagem, para ser capaz de desenvolver linguagens multidisciplinares que se encaixassem nas necessidades e projetos de cada cliente. “Sem ter um estilo ‘Rubens Lima’, posso oferecer a opção de variar de estilo, sem ter que trocar de ilustrador. Afinal, se o ilustrador é um tradutor visual, é compreensível que defenda que ele fale várias línguas”.

Fonte: http://www.design-grafico.com.br/ed90_02.asp

2 comentários:

Você em Pauta disse...

Gostei muito da definição dele, o cara traz uma nova luz sobre a profissao e ate mesmo para aqueles que nela estao envolvidos.....

Bem parecido com a sua visao Alan...

Por falar nisso, parabens pelo blog, o layout esta maravilhoso.....

Demorou mais saiu né alan!!

Alessandro Martins Ribeiro disse...

Olá Alan gostei do visual do seu blog parabéns, muita informação para os designers! Gostei da definição da profissão.

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